ÍNDICE DE CONFIANÇA DO CONSUMIDOR CAI 2% EM DEZEMBRO, DIZ FGV
Valoronline
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getulio Vargas recuou 2,0% em dezembro, ante novembro, para 75,2 pontos, o menor nível da série iniciada em setembro de 2005. Na comparação com dezembro do ano passado, a queda é de 21,3%.
“A queda do índice foi influenciada pela piora da percepção em relação à situação financeira familiar que, por sua vez, é reflexo da combinação de alguns fatores: aceleração da inflação de alimentos, piora das avaliações sobre o mercado de trabalho e dificuldades para redução do grau de endividamento. Nem mesmo a renda extra auferida no período e a maior oferta de empregos temporários foi suficiente para reduzir a insatisfação e o pessimismo em relação aos próximos meses”, afirma, em nota, Viviane Seda Bittencourt, coordenadora da Sondagem do Consumidor.
Houve piora nas avaliações dos consumidores sobre a situação atual e das expectativas em relação aos meses seguintes. O Índice de Situação Atual (ISA) caiu 4,0%, atingindo 63,2 pontos, menor nível da série, enquanto o Índice de Expectativas (IE) recuou 0,8%, de 82,8 para 82,1 pontos.
O indicador de satisfação com a situação financeira da família caiu 3,7%, de 89,4 para 86,1 pontos, atingindo o mínimo histórico da série após uma sequência de oito meses consecutivos de queda. A parcela de consumidores que avaliam a situação financeira como boa diminuiu de 12,2% para 10,2%; e a dos que dizem estar ruim aumentou de 22,8% para 24,1%.
Com relação às perspectivas futuras, houve nova redução no ímpeto de compra de bens duráveis para os próximos seis meses. O indicador recuou 2,8%, entre novembro e dezembro, ao passar de 60,4 para 58,7 pontos. Apenas 7,3% dos consumidores afirmaram ter expectativas de comprar mais, enquanto 48,6% planejam comprar menos.
Na análise por classes de renda, todos os consumidores tiveram perda da confiança em dezembro exceto os com renda familiar mensal entre R$ 2.100 e R$ 4.800 cujo resultado foi melhor do que no mês anterior. A piora mais expressiva ocorre para os consumidores de baixa renda, até R$ 2.100, queda de 4,3% do índice.